ABCIC EM AÇÃO
O Planejamento Estratégico 2023-2027 estabelece as diretrizes para pavimentar o desenvolvimento sustentável da pré-fabricação de concreto no Brasil com inovação e menor impacto ambiental. Possui quatro macroestratégias: valorização dos associados e da associação, a estruturação do setor para atender as demandas por edifícios altos, sustentabilidade e o desenvolvimento de um portal de serviços
No Brasil, ano passado, durante a edição Jubileu de Ouro do Congresso Brasileiro do Concreto, o IBRACON apresentou a Declaração IBRACON de Sustentabilidade do Concreto, por meio da qual o Instituto alinha-se aos movimentos internacionais em defesa da responsabilidade do setor em atender às metas estabelecidas no Acordo de Paris. “Estamos conscientes do problema ambiental e saberemos dialogar para encontrar o melhor caminho, sempre com base na ciência, na tecnologia e na boa engenharia de concreto”, ressaltou Paulo Helene, presidente do IBRACON na solenidade de abertura do evento.
A entidade também assinou importantes acordos de cooperação com entidades voltadas ao tema da sustentabilidade no ambiente construído. No contexto nacional, com o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) e, no contexto internacional, com o GLOBE - Consenso Global sobre o Ambiente Construído.
O engenheiro Carlos Massucato, coordenador do Comitê Técnico de Sustentabilidade do Concreto (CT 101 do IBRACON), contou que foi criado um grupo de trabalho dentro do CT, que é o GT-07 de Pré-fabricados de Concreto, com o objetivo de fornecer informações sobre o sistema relacionadas aos aspectos de sustentabilidade para a indústria, mercado e comunidade técnica por meio do desenvolvimento de publicações (estado da arte, guia de boas práticas e manuais), interagindo com os grupos de trabalho de Normalização GT-01 e Projeto GT-02.
“A pré-fabricação das estruturas de concreto é uma das principais vertentes para a mitigação das emissões de C02 na construção. “A possibilidade de acelerar o processo de desmaterialização na produção dos pré-fabricados é maior que nas estruturas on-site”, afirmou Massucato.
A China, por exemplo, já implementou uma política de benefícios para as obras com estruturas pré-fabricadas visando o tema da sustentabilidade, com a redução das perdas do processo e do consumo de água e energia. “Metas foram estabelecidas para a migração das estruturas on-site para as pré-fabricadas. Esta tendência também está sendo discutida em outros fóruns sobre a sustentabilidade da construção demonstrando as vantagens das estruturas de concreto pré-fabricadas, considerando o aumento da vida útil que as estruturas de concreto oferecem em relação aos outros materiais”, explicou Massucato.
Segundo ele, a construção industrializada possibilita a racionalização no uso dos materiais, a redução na emissão do CO2, a destinação dos resíduos sólidos e líquidos e a redução do consumo de água e energia.
Macroestratégias do Planejamento Estratégico 2023-2027
Nesse contexto, o Planejamento Estratégico 2023-2027 conta com quatro macroestratégias, sendo uma delas voltada à sustentabilidade. Há também a valorização dos associados e da associação, a estruturação do setor para atender as demandas por edifícios altos e o desenvolvimento de um portal de serviços de conteúdo. Cada uma delas conta com um coordenador.
Para Vitor Almeida, diretor da T&A Pré-Fabricados e coordenador da macroestratégia Valorização dos Associados e da Associação, “o nosso planejamento abrange desde a valorização e o fortalecimento da Associação até o desenvolvimento técnico e a aplicação de práticas sustentáveis nas empresas associadas.”
Essa macroestratégia tem o objetivo de valorizar a associação e seus membros, atraindo mais empresas à Abcic. “Não será uma tarefa fácil, precisaremos demostrar todos os benefícios da Associação, criando novos benefícios para as empresas já associadas e explicando a necessidade cada vez maior de estarmos com o setor unido em prol dos objetivos comuns. Além de identificarmos outras expectativas em relação aos novos entrantes no mercado da pré-fabricação em concreto, quer oriundos de novas empresas que se estabeleceram no mercado ou de novos modelos de negócio”, explicou Almeida. “Ela é de extrema importância para fortalecermos a nossa Associação e, assim, ampliarmos ainda mais a voz ativa no meio da construção civil dentro e fora do Brasil, nas comissões de normas técnicas e até mesmo no âmbito da interface com o governo em suas distintas esferas. Com isso, acreditamos que o sistema construtivo de pré-fabricado de concreto ganhará mais espaço no mercado, sendo a primeira escolha na hora de construir”, acrescentou.