INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

“Por ser um equipamento público o nível de durabilidade tem que ser em torno de um século, se for necessário e havendo funcionalidade daqui algum tempo. Assim, o uso desta obra tem grande destaque, nos motivando a garantir precisão, economia e, ao mesmo tempo, mantendo o aspecto arquitetônico e tornando-o um ambiente agradável também ao entorno”, avaliou Wilson Claro, diretor de Vendas da Leonardi.

O projeto arquitetônico para a Revitalização do Transbordo Vergueiro, elaborado pela arquiteta Soraya Rodrigues, apresentava grandes desafios: os recursos escassos e controlados de um empreendimento público; necessidade de apresentar grande robustez, tanto técnica quanto visual, menor índice de manutenção possível, e a estética adequada, que “conversasse” com o entorno de forma harmônica, principalmente para atender aos anseios da população vizinha que sofria com as más condições de operação do transbordo. 

Uma das ações propostas pela Leonardi foi a adoção de painéis de concreto maciço em 100% das fachadas, ficando apenas as aberturas para as portas e portões do edifício. Os painéis garantiriam a plena estanqueidade da edificação além de reforçar sensação de robustez da mesma. Também era importante que esta nova edificação fosse harmônica com o edifício e a chaminé do antigo incinerador, local que será transformado em um Polo Ecológico, e que apesar de não ser tombado é respeitado como um marco da arquitetura arte-decô dos anos 50 na cidade de São Paulo. “Portanto, os painéis pré-fabricados com sua beleza estrutural limpa, sem a necessidade de adornos e com clara demonstração da força do concreto, entregariam exatamente o que a arquitetura demandava”, explicou Claro.

Outra proposta foi a criação de jardineiras nos elementos pré-fabricados da fachada, pois pouparia o cliente de custos e prazos posteriores à montagem da estrutura para a instalação dos suportes, sistemas de irrigação, drenagem etc. Com isso, foi desenvolvida uma paginação destes “painéis-floreira”, agregando funcionalidade e beleza à fachada do empreendimento.

Em função do longo período de tempo necessário para o processo de aprovação dos projetos e licenças para execução da obra, o prazo para a construção tinha que ser muito exíguo e este aspecto foi um grande impulsionador para a definição de que a construção do edifício teria que utilizar algum sistema industrializado.

Por ser um edifício público e que pode no futuro ser utilizado para outros fins, as concepções arquitetônica e estrutural (projeto do engenheiro Marcelo Cuadrado Marin, da Leonardi) foram desenvolvidas de forma que não houvesse nenhum pilar interno. Desta forma o projeto foi concebido para que as vigas da estrutura de cobertura atingissem vãos livres com aproximadamente 48m.  Isso garante que o prédio se adapte ao avanço das tecnologias para o tratamento de resíduos, novos tipos de veículos de transporte e inclusive novos usos, sem gerar qualquer tipo de interferência.

“A operação não se viabilizaria sem o uso da pré-fabricação de concreto, dada as condições e a necessidade desta edificação se manter em uso durante a nova construção do transbordo”, explica Claro, que acrescenta que foi possível demonstrar um dos pontos positivos da pré-fabricação que é agilizar o processo de construção, evitando que o transbordo ficasse sem operação durante o processo mais crítico de montagem.

A Passarela Tubarão (Passarela Ângelo Antônio Zabot) recebeu o destaque de sustentabilidade na área de infraestrutura. Situada em Tubarão (SC), é uma passarela de pedestres e ciclistas com 142 metros sobre o rio Tubarão, desenvolvida com longarinas e lajes pré-fabricadas, com solução mista de laje e complementos concretados no local.