Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 25 - maio de 2022

INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Construção modular acelera o cronograma das obras e reduz custos

Preparada para superar desafios técnicos, tecnológicos, arquitetônicos, logísticos, estruturais e de montagem, a construção industrializada de concreto no Brasil tem realizado projetos em diferentes áreas de negócios, agregando benefícios de ordem econômica, social e ambiental para construtoras, clientes e usuários dos múltiplos empreendimentos

Almeida ressaltou que as especificações do projeto, sobretudo na dosagem e no preparo do concreto autoadensável dos painéis na vertical utilizando a forma-bateria, fizeram com que o concreto utilizado precisasse ser especial, devido ao tipo de forma e à quantidade de acabamento que as peças possuem. A T&A adotou, desse modo, o concreto autoadensável, que conseguiu acelerar a obra e concedeu várias outras vantagens, como por exemplo, a diminuição da mão de obra. Outros benefícios do pré-fabricado de concreto nessa obra foram a garantia de qualidade, a durabilidade e o compromisso com o preço final da obra. 

A construção modular permite ainda que sejam realizadas obras de prisões e escolas em regiões com infraestrutura pouco desenvolvida, com o uso de concreto de alto desempenho com alta resistência à compressão, que torna as celas de detenção seguras, à prova d'água, de fuga e vandalismo, e com a mesma qualidade de superfície de uma pedra natural cortada ou polida de alto grau de dureza. Quanto ao cronograma da obra, em geral, são necessários de três a quatro anos com a construção convencional, enquanto a pré-fabricação pode atender o prazo em um período, pelo menos, 50% menor.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a construção modular é usada amplamente para a construção de complexos prisionais. No condado de Herkimer, em Nova York, o uso de pré-fabricados de concreto foi vital para substituir a antiga prisão, construída em 1978, por novas instalações, com início do projeto em fevereiro de 2018. O sistema oferece um nível mais alto de segurança e flexibilidade de projeto, com a possibilidade de monitoramento e controle de qualidade elevados por serem feitos em fábrica. As células de cada cela são fáceis de instalar, economizando recursos e tempo. Cada célula permite que os beliches, banheiros e outras amenidades sejam fixados com parafusos invioláveis.

Os painéis do presídio federal de Itaquitinga foram, em geral, levados na mesma posição em que eram montados no canteiro de obras: verticalmente, devido a forma como esses elementos foram concebidos

Na época, o legislador do condado de Herkimer, Vincent J. Bono, informou que o pré-fabricado de concreto foi escolhido por sua uniformidade, facilidade e rapidez de construção e menor custo, e que o sistema havia sido recomendado pela construtora, pelo arquiteto e outros municípios.

Para esse projeto, foram fabricadas 128 celas de concreto pré-moldado pela empresa PennStress. Cada estrutura é uma unidade de duas células, chamada de módulo duplo. Os módulos consistem em paredes externas em todos os lados e uma laje de cobertura moldada monoliticamente. Dutos elétricos, hidráulicos e outros dutos mecânicos foram embutidos no concreto. Usando concreto pré-moldado e construção modular, as equipes foram capazes de construir rapidamente a instalação correcional. 

Outro benefício é o efeito benéfico da massa térmica do concreto no sistema de aquecimento e arrefecimento do edifício. O concreto pré-moldado tem uma massa térmica maior porque é necessária muita energia térmica para alterar sua temperatura, permitindo que o material mantenha o interior do edifício fresco no verão e quente no inverno. Graças à sua capacidade de armazenar calor, o pré-moldado nivela os diferenciais diários de temperatura interna, reduzindo as demandas de energia no sistema de aquecimento de um edifício.

Outro caso interessante ocorreu no estado da Carolina do Norte para a construção de três prisões de alta segurança, com quase mil celas. Os custos do projeto foram reduzidos usando um único empreiteiro que reduziu o tempo de conclusão quase pela metade em comparação com os processos de construção convencionais. Foram cerca de 18 a 24 meses para terminar as três novas instalações correcionais. 

Nós usamos cookies para compreender o que o visitante do site Industrializar em Concreto precisa e melhorar sua experiência como usuário. Ao clicar em “Aceitar” você estará de acordo com o uso desses cookies. Saiba mais!