Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 27 - dezembro de 2022

INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Obras em diversos segmentos comprovam a versatilidade e adaptabilidade do pré-fabricado de concreto

Projetos de pequeno porte, em edificações e na área de infraestrutura mostram como o sistema construtivo atende requisitos de qualidade, produtividade, eficiência, segurança e durabilidade. Outro ponto fundamental é contribuir para a redução da pegada DE CARBONO das obras, uma vez que a pré-fabricação de concreto está pautada no menor consumo de materiais, de recursos naturais e de energia

Outra revisão foi a conversão do heliponto do edifício, previsto para ser executado com estrutura metálica, em pré-fabricado de concreto. “Como os pilares já estavam produzidos e alguns montados, tivemos que desenvolver uma solução de emenda dos pilares com o uso de chapas metálicas e solda, visto que o topo dos pilares pré-fabricados já previa um inserto de grandes dimensões preparado para receber a estrutura metálica”, detalhou Claro.

 A montagem levou apenas 312 dias corridos. Na etapa de maior intensidade de montagem atuaram quatro equipes simultaneamente e cada equipe era composta por 5 operários, além do operador dos guindastes de 220t de capacidade que foram utilizados. Nesta fase, eram enviadas da fábrica para a obra uma média de 18 carretas com elementos pré-fabricados por dia, sendo que o pico foi de 32 carretas num único dia.

O principal benefício nesse empreendimento foi a viabilização do seu prazo, além de elevação da qualidade técnica e vida útil da estrutura, com o uso de concreto autoadensável em 100% dos elementos estruturais (exceto lajes alveolares), com até 90Mpa de resistência; redução extremamente significativa da quantidade de mão de obra utilizada dentro do canteiro de obras.

   O Prêmio Obra do Ano creditou com menção honrosa as Torres Corporativas – Parque da Cidade – Gleba B, que conta com área construída de  242.000  m². São três torres com 23, 20 e 17 pavimentos, com 4 e 5 subsolos além 3 restaurantes e uma área de implantação. O empreendimento é da Hemisfério Sul Investimento e a construtora responsável pela obra foi a Matec Engenharia.

O projeto tinha como desafios o prazo de execução de 26 meses para obtenção do “Habite-se” e mais 2 meses para comissionamento; e elaboração dos projetos simultaneamente com o andamento da obra. A solução estrutural desenvolvida contou com extracore formado por pré-viga, laje alveolar e pilar solteiro moldado in loco; e core moldado in loco para paredes e pilares, com pré-vigas e pré-lajes. Para atender o prazo, além do sistema estrutural em pré-fabricado, houve a eliminação do cimbramento e escoramento da estrutura e alteração de cotas da fundação rasa para minimizar escavação.

Para Décio Previato, diretor da CPI Engenharia, a obra contou ainda com outros desafios, como a adequação do projeto das torres no tocante aos detalhes de continuidade das armações sem as interrupções dos apoios de vigas, eliminando a utilização de consoles nos pilares; e a logística de montagem vertical e horizontal nas torres com utilização de seis gruas concomitantes atingindo uma média de 160 peças por dia de montagem de segunda a sábado. O início da execução e montagem da estrutura pré-moldada foi em janeiro de 2019.

Toda a elaboração de planejamento de obra e planos logísticos foi desenvolvida através da tecnologia BIM. O projeto estrutural foi elaborado por Francisco Paulo Graziano (Pasqua & Graziano) e o projeto arquitetônico ficou a cargo de Luiz Felipe Aflalo Herman (Aflalo & Gasperini Arquietos).

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