INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA
Nesta matéria especial, a Revista Industrializar em Concreto destaca as características dos projetos homenageados em todas as edições do Prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concreto, ressaltando como a ousadia, a inovação, a beleza, a qualidade, a segurança, a sustentabilidade e a produtividade estão sempre contempladas nas obras realizadas pelo setor
Instituição de categorias
Em 2018, o Prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concretou passou a ter três categorias: Edificações, Infraestrutura e Pequenas Obras. Em Edificações, a obra vencedora foi o Campus da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), em Porto Alegre. Com 60,8 mil m², o projeto é composto por quatro setores, sendo duas unidades construídas com estruturas pré-fabricadas de concreto, fornecidos pela Cassol Pré-Fabricados – vigas, pilares, lajes alveolares e escadas. Originalmente concebida para ser executada moldada in loco, a obra acabou utilizando na maior área e volume possíveis as estruturas pré-fabricadas de concreto. Isso porque o processo de projeto e licitação demorou um ano a mais que o esperado e o prazo final de entrega de obra não poderia ser alterado, pois já existia programação para início das aulas no novo campus.
Um dos maiores desafios foi adaptar, rapidamente, uma obra com conceito arquitetônico baseado na estrutura aparente, numa obra pré-fabricada, mantendo os pés-direitos – consequentemente limitações nas alturas das peças, principalmente na garagem do subsolo –, e o equilíbrio entre o peso do concreto pré-fabricado e a suavidade de um ambiente voltado para o aprendizado. O estacionamento possui uma malha de pilares de 10m x 8m, onde as vigas estão posicionadas para vencer o vão de 8m e as lajes para vencer o vão de 10m. Para resolver essa limitação, foram utilizadas vigas T invertidas, de 45cm de altura com laje alveolar LP20. O conjunto, viga x laje x capa, não poderia ultrapassar 50cm também devido as instalações complementares. Para vencer o vão de 8m, utilizamos viga protendida, continuidade na armadura negativa, passando por dentro do pilar e solidarizarão da viga pré com a capa da laje alveolar através de estribos abertos. Outro desafio foi a distância, uma vez que a fábrica mais próxima da empresa para atender a construção do Campus da Unisinos situada em Porto Alegre fica em Governador Celso Ramos (SC). O projeto arquitetônico foi de André Detanico e estrutural de Leanderson dos Santos Rain.
O Centro de convenções Royal Palm Hall foi a Menção Honrosa da categoria Edificações. Situada em Campinas, interior de São Paulo, contou com investimento de mais de R$ 250 milhões, 44.000 m² de área construída, 51 espaços de eventos, divididos em cinco pisos. A metodologia construtiva adotada para erguer o Centro de Convenções do Royal Campinas considerou a redução de impactos no trânsito e no meio ambiente, além da otimização do uso de mão de obra. Para atender a essas questões, algumas medidas foram traçadas, como o emprego de estruturas pré-fabricadas, lajes alveolares, painéis pré-fabricados para fachadas e sistema unitizado de caixilhos e vidros. As estruturas foram fornecidas pela Leonardi Construção Industrializada. Um dos primeiros grandes desafios foi o desenvolvimento de um projeto estrutural que garantisse altos níveis de produtividade desde a fase de detalhamento da estrutura até a montagem dos elementos pré-fabricados para que fosse possível o atendimento dos prazos da obra. O projeto arquitetônico é de Ricardo Julião. O projeto estrutural é do engenheiro de estruturas Augusto Pedreira de Freitas.
Um dos maiores desafios do Campus da Universidade do Vale dos Sinos foi adaptar, rapidamente, uma obra com conceito arquitetônico baseado na estrutura aparente, numa obra pré-fabricada
Na categoria Infraestrutura, o Prêmio Obra do Ano foi para o Terminal Aeroportuário de Vitória, com projeto estrutural de Eduardo Dell’Avanzi e José Soto Quevedo, projeto arquitetônico de Ricardo Rodrigues e Thereza C.N.M. Ferreira e estruturas pré-fabricadas de concreto fornecidas pela Cassol Pré-Fabricados. A obra havia sido iniciada por outra construtora, que estava fabricando as peças no canteiro, mas foi embargada pelo Tribunal de Contas da União. Então, a Construtora JL assumiu o projeto e a proposta foi de uma nova solução de projeto e montagem, que facilitou a execução e possibilitou o atendimento do prazo da obra solicitado pela Infraero.