Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 29 - setembro de 2023

ABCIC EM AÇÃO

Pré-fabricados de concreto dão sua contribuição à sustentabilidade: é o presente construindo o futuro

A Abcic reuniu o setor no Concrete Show, por meio do estande institucional e do Seminário Internacional, que contou com seis palestrantes do Brasil e do exterior. A feira também destacou a industrialização no painel especial sobre a transformação do setor da construção civil, que contou com a participação da engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic. O IBRACON tratou da sustentabilidade na área do concreto. A solenidade de abertura teve ainda as participações de representantes do Governo de São Paulo, da Prefeitura de São Paulo e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)

O engenheiro Paulo Sérgio de Oliveira, CEO da Aratau Construção Modular e presidente do Conselho e coordenador do Núcleo de Conteúdo do C3 – Clube da Construção Civil, abordou as metodologias de construção modular e off-site e afirmou que a construção pré-fabricada de concreto é alternativa ideal para o equacionamento dos gargalos existentes, como a produtividade da mão de obra no Brasil que precisa crescer, e o déficit de unidades habitacionais, que, em 2030, deve atingir a casa dos 30,7 milhões, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

O equacionamento dessa realidade – garante Oliveira – passa obrigatoriamente pela adoção da construção industrializada, pois “agrega maior valor ao setor, reduz o tempo de execução das obras e eleva a produtividade. No entanto, ainda não é largamente utilizado porque encontra barreiras tributárias, falta de isonomia entre construção tradicional e construção industrializada; inexistência de programas estruturados para educação, saúde, habitação, transportes, social e serviços públicos; além de insegurança jurídica, burocracia e lentidão nas aprovações de projeto legal e de licenciamento ambiental, entre outros aspectos”.

À essa lista, o palestrante agregou necessidade de financiamento e crédito imobiliário; fomento e financiamento para o desenvolvimento tecnológico e para a inovação - startups e empresas jovens; e inclusão da construção industrializada na grade de ensino das faculdades e universidades de engenharia e arquitetura. 

Para ele, a industrialização favorece o controle do projeto e da construção, utiliza processos padronizados e controlados na fabricação em linhas ou células de montagem, garantindo o cumprimento de custos e prazos. 

O resultado final, além da alta produtividade, economia de escala e segurança, conduz a menor consumo de água e de energia e reduz os riscos, o desperdício de insumos e o retrabalho, oferendo qualidade e desempenho superiores aos obtidos com métodos tradicionais.

Outros benefícios igualmente significativos são listados por Oliveira e atendem anseios da sociedade, a exemplo de emprego de materiais recicláveis, menor emissão de gases de efeito estufa (GEE) e redução na geração de poeira e resíduos, assim como edificações mais eficazes e sustentáveis, inclusive hidroenergética e termicamente, com menor custo de operação e de manutenção, e passíveis de serem transportadas de um lugar para outro.

Nesse sentido, a construção modular e a construção off-site também dão sua contribuição às boas práticas de ESG. No âmbito da Sustentabilidade Ambiental (E), “os projetos desde a pré-construção, priorizam produtos duráveis e focam na Vida Útil de Projeto (VUP), são modulares, oferecem boa ventilação, iluminação natural, isolamento e têm foco na integração entre os diferentes componentes e na redução do desperdício, utilizando a paginação BIM. Além disso, utilizam produtos de design mais leve, com redução do uso de cimento e da massa dos elementos pré-fabricados, fazem uso de agregados mais leves, materiais cimentícios alternativos e cimentos de baixo carbono”, relaciona o CEO da Aratau.

O atendimento ao aspecto Social (S) – garante Oliveira – acontece por ganhos em segurança e saúde dos trabalhadores, redução no trabalho manual intensivo e em altura, além de diminuir o desconforto e a exposição dos trabalhadores e da população vizinha da obra ao ruído e poeira. Já o pilar Governança (G) é cumprido pela redução de riscos financeiros, de segurança e de reputação, associados aos projetos e empreendimentos, assim como pela transparência na gestão da cadeia de suprimentos e pelo prazo de entrega reduzido, que permite aos usuários o acesso mais rápido às edificações.

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