Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 35 - agosto de 2025

DE OLHO NO SETOR

Simpósio da fib reúne mais de 350 profissionais para mostrar a importância do “Conceptual Design”

Evento foi realizado na sequência do XVI Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas, oferecendo a oportunidade de congregar experiências e conhecimentos, realizar networking e por celebrar a engenharia de projetos no Brasil e no mundo

Ricardo Leopoldo e Silva França e Odinir Klein Júnior, da França & Associados Projetos Estruturais, detalharam o projeto conceitual do São Paulo Corporate Towers


Na área de mobilidade urbana, destaque para a Estação Uruguai (RJ), para a Copa do Mundo de 2014, e a Estação Aricanduva, que está sendo construída na zona leste de São Paulo. O projeto em formato circular, com seis círculos, vai utilizar as paredes diafragma, aproveitando o máximo ao material para compressão. “É uma maneira inteligente de construir auto equilibrando as juntas”, explicaram os engenheiros.  

Os detalhes do projeto conceitual do São Paulo Corporate Towers, duas torres corporativas Triple AAA, construídas em 2015, com 139 metros de altura, foram apresentados por Ricardo Leopoldo e Silva França e Odinir Klein Júnior, da França & Associados Projetos Estruturais. 

Primeiro projeto a receber o mais alto grau de sustentabilidade, a edificação conta com um núcleo de concreto, que é fundamental para resistir a cargas horizontais (vento e solo) e verticais. As paredes de cisalhamento acopladas proporcionam grande rigidez e ajudam a evitar deflexões laterais excessivas e vibrações induzidas pelo vento. 

Os engenheiros comentaram ainda layout arquitetônico, pilares de perímetro e os ensaios de túnel de vento e o modelo estrutural. “Por haver uma inclinação nos pilares perimetrais, as forças foram transferidas para o núcleo de concreto. As forças "desequilibradas" concentraram-se no 3º e 7º pavimentos. Assim, definimos um modelo de bielas e tirantes e lajes mais espessas para acomodar a protensão do aço e das barras Dywidag”. A sequência construtiva adotou o ciclo típico de três andares. 

O engenheiro Rafael Timerman, da Engeti Consultoria e Engenharia, apresentou o projeto conceitual do Museu do Amanhã (RJ), uma estrutura alongada com 340 metros de comprimento e 20 metros de altura. Um desafio foi desenhar a edificação, uma vez que o projeto arquitetônico não possibilitava a separação da estrutura, composta por laje de relevo, dolfins e fundação com estacas.

Rafael Timerman, da Engeti Consultoria e Engenharia, abordou o projeto conceitual do Museu do Amanhã (RJ)


A estrutura do concreto, segundo Timerman, foi outro desafio, pois foi necessário desenvolver o modelo e fazer seu dimensionamento. A edificação em concreto – armado e protendido – com largura de 42 metros e comprimento de 195 metros, abrangendo área construída de aproximadamente 14.500,00 m², composto por espelho d'água; subsolo; primeiro pavimento; mezanino; segundo pavimento; galeria técnica; e interface com a cobertura (dispositivos de apoio). “Cada área tinha cargas diferentes, com cargas mais baixas na área de exposição”, comentou. 

Ao longo do projeto, houve mais de 35 disciplinas, com trabalho de 24 horas em 85% da construção, e 1.300 funcionários no pico da obra. Foram aplicados 22.000 m³ de concreto, 65.000 m² de fôrmas e 1.200 estacas (fundação).

Francisco Graziano e Danilo Mota, da Pasqua & Graziano Associados, falaram sobre o projeto conceitual da Gleba A e Gleba B do Parque da Cidade 


O engenheiro Francisco Graziano, da Pasqua & Graziano Associados, avaliou o projeto conceitual. “Trata-se de visualizar a solução estrutural completa, considerando todas as restrições e oportunidades. É um processo colaborativo onde a experiência encontra novas perspectivas, garantindo a criação de projetos eficientes e construtíveis, ponderou. A seu ver, o uso adequado da tecnologia pode ampliar o conhecimento para o engenheiro interpretar e criticar os resultados. “Embora essas ferramentas possam ser muito úteis, é crucial enfatizar que elas não devem substituir o conhecimento básico”, esclareceu.

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