Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 3 - dezembro de 2014

ARTIGO TÉCNICO

VARIABILIDADE DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL EM VIGAS E PILARES PRÉ-MOLDADOS

Figura 1. Fôrmas das vigas.

Figura 2. Funil de lançamento do concreto na fôrma de viga.

Figura 3. Fôrmas do pilares.



Formas metalicamente estruturadas e com painéis de madeira compensada foram utilizadas como moldes para as vigas e para os pilares. As vigas mediam 210 cm de comprimento, 20 cm de largura e 50 cm de altura (Figuras 1 e 2). Os pilares tinham seção de 50 cm por 20 cm, e 270 cm de altura. Não havia armadura nas vigas ou nos pilares. O CAA foi lançado nas vigas numa única extremidade da forma. Para T1 a taxa de lançamento foi de 1,35 L/s e para T2 de 1,55 L/s, sendo que um único trabalhador foi empregado na concretagem. A concretagem dos pilares deu-se através do lançamento do concreto pela parte superior do elemento, posicionado na vertical (Figuras 3 e 4). Para T1 a taxa de lançamento foi de 2,8 L/s e para T2 foi de 3,8 L/s, e somente um trabalhador estava envolvido nessa operação. Para a concretagem das vigas e pilares com concreto convencional, o lançamento e o adensamento com vibrador de imersão foi realizado em camadas. A taxa de concretagem das vigas foi de 0,21 L/s e 3 trabalhadores estavam envolvidos nas operações de lançamento e adensamento. Para os pilares, 2 trabalhadores desempenharam essas tarefas e a taxa de concretagem foi de 0,21 L/s.
A desforma deu-se aproximadamente 10 horas após a concretagem (Figura 5). As peças de concreto prosse- guiram em cura por mais 69 dias, envolvido em plásti- co. A uniformidade do concreto foi avaliada pelo ensaio de testemunhos cilíndricos extraídos à idade de 72 dias. De cada um dos pilares de 2,70 m de altura, foram extraídos onze testemunhos cilíndricos de 10x20cm, sendo três nas alturas de 0.15m, 1.65m e 2,55m e um das alturas de 1,05m e 1,65m. Das vigas, também for- ma extraídos onze testemunhos, localizados nas alturas de 0.10m, 0.25m e 0.40m a partir da base e 0.15m, 1.05m e 1.75m da extremidade mais próxima de onde o concreto foi lançado. Dois outros testemunhos foram extraídos das posições localizadas na altura de 0.25m e distância de 0.35m e 1.75m da extremidade de onde o concreto foi lançado (Figura 6).

Figura 4. Lançamento do CAA em pilar.

Figura 5. Desforma das vigas.

Figura 6. Extração de testemunhos de concreto.



A segregação dos agregados graúdos foi determinada por análise de imagem de superfícies serradas de con- creto. A área de agregado graúdo em relação à área total da superfície analisada do concreto (0.50m por 0.20m, em cada localização) foi definida como sendo a densida- de superficial de agregado graúdo no concreto (DSAG).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Variabilidade da resistência à compressão nos pilares Na Figura 7 apresentam-se os resultados obtidos nos ensaios dos concretos dos pilares. A Figura 7a mostra os valores das resistências à compressão médias em cada altura do pilar e para cada tipo de concreto. As resistências à compressão relativas, expres sas em porcentagem e obtidas em relação ao maior valor de resistência de cada concreto (nesse caso, na altura de 0,15cm), são apresentadas na Figura 7b.

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